Livros

 


Livro dos Políticos de Heródoto Barbeiro e Bruna Cantele

 O chargista Newton Silva foi um dos convidados para participarem do “O Livro dos Políticos”, escrito por Heródoto Barbeiro e Bruna Cantele. Na obra, eles fazem um passeio bem-humorado pela história da sociedade brasileira, em que o fio condutor é a sucessão presidencial. Dividido em blocos – Denúncias e Escândalos; Ah! Esses jornalistas…; Diário da Corte; Personalidades, entre outros – o livro é ilustrado por charges de cartunistas como Diogo Salles, Flávio, Gilmar, Guz, Léo Valença, Mangabeira, Néo, Luiggi Rocco, Renato Machado, Sponholz, Newton Silva e Zappa. Além disso, há notas cronológicas e trechos de jornais impressos para mostrar ao leitor as crises e escândalos que fazem parte do cotidiano da política nacional. “O Livro dos Políticos” não se dedica apenas aos líderes de Estado: os planos econômicos, as trocas de moedas, os inúmeros partidos políticos, os intermináveis escândalos e as CPIs são relembrados em suas 304 páginas.

O LIVRO QUE VIROU SUCO

OU O LIVRO DE CHARGES QUE OS VEREADORES DE FORTALEZA MANDARAM DAR SUMIÇO

Pra quem não sabe, há aquela história dos originais do meu livro de charge que desapareceram misteriosamente de dentro da gráfica Stylus, do Dorian Sampaio. Tudo começou quando alguns vereadores estavam se sentindo importunados pelas charges contra a vereança. Um dia, o vereador Átila Bezerra, então presidente daquela Casa, por meio do advogado Carlos Eugênio, me mandou uma proposta para publicar meu livro de charges em troca de maneirar o teor das charges. (Sinceramente, eu não sabia que as charges estavam incomodando alguém. Inclusive, houve também uma “moção de desagravo”, que eu nunca fui lá na CMFOR pra saber se era verdade. ) O advogado disse que eu deveria procurar o Dorian Sampaio, pois a Câmara tinha um crédito na gráfica. Cheguei lá com os originais do livro “No céu da pátria nesse instante” e procurei o Dorian Filho. Fui logo dizendo:

- O Dr. Átila mandou imprimir e colocar na conta da Câmara.

O Dorian Filho mandou deixar os originais (A pasta era enorme com o meu nome escrito em vermelho) em cima da mesa dele pois já ia mandar fazer o fotolito. Um mês depois voltei lá para saber a quantas andava a impressão do dito cujo.

Ele falou: livro, que livro? Num vi não.

Eu expliquei a tal história e ele pareceu ter se lembrado e chamou um funcionário para procurar a tal pasta, que era enorme. Nada. Rodamos a gráfica toda. Tinha uma sala cheia de trabalhos impressos e originais velhos e amarrotados. Procurei em todo lugar. A pasta tinha sumido. O tal funcionário que não lembro mais o nome me falou em off:

- É aquele livro com os desenhos das baratinhas?

Ele tinha lembrado, enfim.

Eu perguntei se ele sabia onde estava. Foi quando ele falou:

- “o dotô mandou dar sumiço”.

Até hoje, não sei quem era o tal “dotô”. Não podia ser o Dorian Sampaio. Até onde eu sei, ele era um homem íntegro.

E iria querer dar sumiço num livro véi de charges?

A explicação do Dorian Filho é que a tal pasta fora vítima de uma inundação na gráfica, pois tinha chovido muito. Até hoje não descobri. O livro sumiu, o Dorian morreu, o livro virou suco.

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